A Equipa
Duas escolhas controversas – da vice-presidente do partido Elina Fraga, muito crítica das políticas de Justiça do anterior Governo de Passos Coelho, e do secretário-geral Feliciano Barreiras Duarte – marcaram os primeiros 100 dias de liderança. O secretário-geral acabou por ser substituído, depois de Feliciano ter apresentado a demissão na sequência da polémica sobre o seu currículo académico.
Os acordos
O líder do PSD deu a mão ao Governo nos fundos europeus, sobre o interior e a descentralização. A aproximação ao PS pode parecer um sinal de oposição séria, mas abriu caminho às críticas internas no partido.
A Relação com a bancada
O líder do PSD só esteve duas vezes com o grupo de parlamentar: em abril, para uma apresentação como presidente entronizado, e no encerramento da sessão legislativa, num jantar onde lançou o tema da reforma da Saúde.
As Desautorizações
Rui Rio não tem problemas em desautorizar dirigentes, deputados ou até o líder parlamentar. Fê-lo sempre que alguém pediu a demissão do cargo de algum ministro. E deu um ralhete público a Fernando Negrão por ter viabilizado uma proposta do CDS sobre a eliminação da taxa extra no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos.
Na A1
Entre os críticos internos, há quem lhe aponte o dedo por dividir a sua atividade entre a sede distrital do PSD/Porto e a de Lisboa, apesar de ter convites e solicitações para visitar autarquias sociais-democratas ou participar em iniciativas locais. «Parece que prefere só as ligações da A1 (Lisboa- Porto)», diz ao SOL uma fonte do partido. O secretário-geral José Silvano acaba por cumprir parte desse papel na lista de solicitações.
O Conselho Estratégico Nacional
A equipa liderada por David Justino, o vice-presidente do partido, não é bem um ‘governo-sombra’, mas implicou desconfiança interna, sobretudo porque algumas medidas apresentadas não foram submetidas previamente ao conselho nacional. Na Saúde, Rui Rio não cometerá esse erro e levará o documento ao conselho nacional do partido no dia 12 de setembro.