O desafio de Rui Rio aos críticos para abandonarem o partido está a provocar agitação dentro do PSD. Os sociais-democratas foram apanhados de surpresa e são vários os dirigentes, deputados e militantes a manifestarem a sua indignação.
“O PSD não tem donos. Nem pode ser um partido de expulsões, cisões e saídas. Deve ser um partido de agregação, federação e mobilização”, afirmou o deputado Miguel Morgado.
“A continuar assim vai ser muito difícil”, afirma Carlos Carreiras, presidente da câmara de Cascais e ex-vice-presidente do PSD. Carreiras lembra que o atual líder criticou várias vezes o governo de Passos Coelho e “nunca ninguém o aconselhou a sair”.
Carlos Abreu Amorim também reagiu às afirmações do líder do PSD e defende que “convidar a sair quem discorda do líder é típico de um chefe de fação e não é digno de um presidente de um grande partido democrático”.
André Ventura, vereador do PSD na câmara de Loures, garante que não podia ter ficado mais surpreendido. “Confesso que jamais pensei ouvir do líder do partido a que pertenço desde os 17 anos um convite para abandonar a militância e formar novos partidos”. Ventura defende que Rui Rio não pode “liderar o PSD como se uma empresa unipessoal”.
O presidente do PSD afirmou, numa entrevista à TSF, que “aqueles que discordam, e discordam do ponto de vista estrutural, obviamente que é mais coerente saírem”.