O semanário Expresso escreve hoje na sua edição que “a acusação está praticamente pronta e deverá ficar concluída no prazo máximo de duas semanas”. No entanto, não se sabe ainda vão ser imputados aos 18 arguidos do processo 64, 65 ou 66 homicídios por negligência.
As acusações mais graves do MP são dirigidas aos comandantes operacionais que estiveram no combate ao incêndio que começou a 17 de junho do ano passado, são eles Mário Cerol, António Arnaut e Sérgio Gomes, escreve a mesma publicação.
A procuradora Ana Simões do DIAP de Leira, contactada pelo Expresso, explica que o fogo “podia ter sido extinto ainda no ponto de ignição, em Escalos Fundeiros – um raio, de acordo com a investigação da PJ, terá provocado o fogo, mas a acusação vai dizer que as causas são indeterminadas – se a EDP tivesse cumprido a lei e limpado a ‘cobertura vegetal’ que está debaixo dos cabos elétricos”, sublinhando que “por causa disso, um borralho transformou-se num incêndio”.
Além disso, o MP indica ainda que as falhas tiveram início logo quando as chamas deflagraram, e considera que o primeiro erro de todos foi o facto de não terem sido acionados meios aéreos – dada a dimensão do incêndio.