Taxa sobre a especulação imobiliária “não é disparatada”, diz Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje, terça-feira, que não rejeita “liminarmente” a taxa especial proposta pelo Bloco de Esquerda, relativamente a negócios no setor do imobiliário. Rio considera que não se tratar de “uma coisa tão disparatada”.

Não estou “a dizer que somos favoráveis aquilo que possa vir a ser proposto pelo Bloco de Esquerda, agora não rejeito liminarmente, não é assim uma coisa tão disparatada, porque, efetivamente, uma coisa é comprarmos e mantermos durante ‘x’ tempo e outra coisa é andarmos a comprar e a vender todos os dias só para gerar uma mais-valia meramente artificial”, declarou o presidente do Partido Social Democrata.

Rui Rio falava aos jornalistas à margem de uma reunião com o bastonário da Ordem dos Psicólogos, no Porto, e considerou que “o mercado tem de fazer o seu trabalho, mas há momentos em que se pode tentar ajustar no sentido de se tentar evitar os pesadíssimos custos sociais”.

“Nem eu posso dizer que a ideia é disparatada porque vem da esquerda e se viesse da direita era menos disparatada. Não é assim que oriento os meus pensamentos”, disse ainda.

Além disso, Rio assumiu que o Estado “às vezes deve intervir para ajudar a regular o mercado”.

Recorde-se que no domingo, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, anunciou uma proposta que serve para travar a especulação imobiliária, indicando que a medida tem todas as condições para ser aprovada no âmbito do Orçamento de Estado para 2019.