Entre 2012 e 2018, o arquipélago da Madeira perdeu sete mil alunos, passando dos 52.200 estudantes para os 45.000. O ano letivo começou esta quarta-feira e o governo regional diz que estão reunidas as condições para um ano letivo com “maior tranquilidade”.
Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, defende que “estão criadas todas as condições para que este novo ano letivo possa desenvolver-se com a maior das tranquilidades”.
No entanto o governante considera “grave” a diminuição do número de alunos matriculados nos últimos seis anos. As razões para a perda dos 7.000 alunos podem estar relacionadas com a redução da taxa de natalidade passou de 2.047 em 2012, para entre os 1.500 e 1.900 nascimentos.
E a expectativa é que continue a diminuir: "Em 2030 teremos pouco mais de 30 mil alunos", avançou o secretário regional. Para isso Jorge Carvalho defende que é necessário “operacionalizar todo o sistema educativo”, uma vez que 93% do corpo docente tem vínculo à região.
Nos últimos anos o governo regional da Madeira tem vindo a introduzir “o conceito das fusões e tem encerrado alguns estabelecimentos de ensino”, explica acrescentando que o conceito foi “evoluindo, primeiro ao nível do 1.º ciclo de educação de infância”. Este ano o processo pretende continuar a “ajustar a rede escolar, juntar as escolas de 2.º e 3.º ciclos da Fajã da Ovelha com a básica da Calheta e a do Curral das Freiras com a de Santo António”.
Para Jorge Carvalho, trata-se de "um processo visando a socialização dos alunos e acima de tudo com preocupações do ponto de vista pedagógico".