PJ volta hoje à Câmara de Pedrógão

A PJ tem no terreno uma equipa de cinco elementos de revisores oficiais de contas. Novas diligências à Câmara de Pedrógão Grande e à Casa da Cultura servem para “recolha de prova documental e pessoal”, adianta o MP. Não se tratam de buscas apenas por falta de mandado formal

A Polícia Judiciária (PJ) volta a Pedrógão Grande para realizar diligências, que começaram hoje de manhã, na Câmara Municipal e na Casa da Cultura, no âmbito das suspeitas de fraude na reconstrução das casas atingidas pelo incêndio de 17 de junho do ano passado.

O MP confirmou ao SOL as diligências de investigação que servem à "recolha de prova documental e pessoal", como recolha de testemunhos. A acção dos investigadores e da PJ não se trata, porém, de buscas apenas por falta de mandado formal, explicou à Sábado a Diretoria do Centro da PJ. 

A TVI24 avança que no terreno está uma equipa de revisores oficiais de contas, com cinco elementos. 

Em comunicado, o gabinete de comunicação da Câmara Municipal negou que estejam a decorrer "novas buscas da PJ na Câmara" justificando que a "segunda-feira é dia de atendimento público, pelo Presidente da Câmara, pelo que há maior movimento de pessoas".

Apesar da confirmação oficial do MP, o gabinete de comunicação da Câmara de Pedrógão Grande diz que a notícia avançada pela TVI é "falsa" e que "pode ter origem num observador descuidado".

Também aos jornalistas no local, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, diz que a diligência dos revisores oficiais de contas deve-se à "preparação do orçamento do próximo ano" da autarquia e também "com o fecho de contas". O autarca diz ainda que os técnicos estão "acompanhados pelas funcionárias da contabilidade camarária para fechar o orçamento", adianta a TVI24.   

A PJ esteve há três dias úteis (na passada quarta-feira) na Câmara Municipal de Pedrógão Grande e na Casa da Cultura, onde esteve sediado o gabinete que avaliava os projetos de reconstrução, tinham sido alvo de buscas. Mais de dez inspetores foram mobilizados para esta ação que se realizou durante todo o dia.

Valdemar Alves, autarca, tem vindo a reafirmar que não houve qualquer irregularidade ou ilegalidade na avaliação dos processos. No entanto, admite que possam existir alguns erros que, para o autarca, "são processuais".

Durante a reunião da Assembleia Municipal realizada na passada semana, o presidente da câmara confessou que não viu todos os processos, reforçando a confiança nos seus trabalhadores.