A investigação das irregularidades na reconstrução das casas depois dos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, já levou à constituição de quatro arguidos.
Os quatro arguidos estão sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência. Recorde-se que as suspeitas que levaram a uma investigação tiveram origem em em reportagens da Visão e da TVI.
Ao todo estão sob suspeita 21 casos de reconstrução, num valor que envolve 500 mil euros.
Esta investigação já levou à realização de várias buscas na câmara municipal de Pedrógão Grande e na Casa da Cultura, onde funciona o gabinete de obras da autarquia.
Segundo o ministério Público, os quatro arguidos são "requerentes de apoios" à reconstrução de casas, estando em causa “factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção, participação económica em negócio, burla qualificada e falsificação de documento".
Também esta quarta-feira, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, revelou ter pedido para sair do conselho de gestão e da coordenação da comissão técnica do Revita, o fundo que gere alguns donativos do Estado e de privados para a reconstrução de quase metade das casas (100) que arderam no ano passado.