O Bloco de Esquerda abriu o primeiro debate quinzenal, após o regresso das férias parlamentares, com o tema da saúde na agenda. A coordenadora do partido, Catarina Martins, desafiou o primeiro-ministro a avançar com a nova lei de bases da saúde, e questionou António Costa sobre prazos, porque o governo ainda não enviou a sua proposta ao parlamento. António Costa não deu prazos e apenas se comprometeu com um diploma até ao final da Legislatura.
Catarina Martins insistiu que se nada for feito "fica a ideia de que a saúde é um negócio" e apontou o desconforto do Bloco de Esquerda com o ministro da Saúde perante a renovação das parcerias publico-privadas nos hospitais.
Sobre a aprovação do novo estatuto do cuidador informal, o Bloco insistiu que o diploma aguarda audições das secretárias de Estado da Saúde e da Segurança Social para que o debate avance no Parlamento. Mais, Catarina Martins lembrou que o governo já fez as contas com o seu partido e que o novo estatuto custará "no ano zero" 120 milhões de euros ao Estado. Costa respondeu que era "prematuro" incluir a proposta no Orçamento do Estado de 2019. Uma resposta que o Bloco não gostou de ouvir.
Catarina Martins recorreu, aliás, às palavras do presidente da República para exigir a criação do estatuto do cuidador informal, que abrangerá 800 mil pessoas.