Pelo menos 85% dos locais de venda de bilhetes estão encerrados na sequência da greve dos trabalhadores bilheteira e revisores da CP. No que toca à circulação de comboios, os números de ligações cumpridas pouco ultrapassa os serviços mínimos.
Segundo o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), pelas 8h00 apenas 100 ligações foram cumpridas, sete a mais do que estava previsto como serviços mínimos. Ao todo estavam programados 252 comboios, o que significa que apenas se realizaram 40% das ligações.
Os trabalhadores pretendem reivindicar, como o protesto que causou perturbações desde domingo à noite, a contratação de trabalhadores, mais comboios em circulação e a negociação de um contrato coletivo de trabalho.
Segundo o SFRCI, que convocou o protesto, o Ministério das Finanças está a "bloquear os acordos entre o Ministério do Planeamento, a CP e o SFRCI". O sindicato acrescenta que estão por contratar "88 trabalhadores para o [serviço] comercial da CP (revisores, trabalhadores para as bilheteiras)".
"Existem comboios que transportam cerca de 900 utentes (mais de oito carruagens ou mais de uma unidade indivisível) que por questões de segurança deveriam circular com dois revisores e circulam só com um, colocando em risco a segurança dos utentes e da circulação", critica o SFRCI.
Devido à paralisação sentida esta segunda-feira, a CP emitiu uma nota antes da greve onde se comprometia a reembolsar o valor total aos clientes que já tinha adquirido bilhetes para os Alfa Pendulares, Intercidades, Regionais e Celta que não se realizem, ou a revalidação para outro dia ou outro comboio.