Foram abertos processos disciplinares aos três militares da GNR constituídos arguidos no âmbito do roubo de armas em Tancos pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), anunciou Eduardo Cabrita.
"Aquilo que está já indicado é que a IGAI exercerá as suas competências disciplinares relativamente aos militares que foram constituídos arguidos. Naquilo que é matéria disciplinar caberá à IGAI com a sua independência e autonomia exercer a ação disciplinar", disse o ministro da Administração Interna, depois de ter sido questionado pelos jornalistas sobre a detenção dos três militares.
A 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve o diretor e três responsáveis da Polícia Judiciária Militar (PJM), assim como um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.
O diretor da PJM e um civil ficaram em prisão preventiva depois de terem sido ouvidos por um juiz de instrução, tendo os restantes seis arguidos ficado em liberdade com termo de identidade e residência e com suspensão do exercício de funções, proibição de contacto com os restantes arguidos e com militares das Forças Armadas, GNR e elementos da Polícia Judiciária Militar.
O Ministério Público considera que estão em causa "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".