O #MeToo "e as mulheres que se exprimiram e denunciaram os abusos sexuais deram a Kathryn muita coragem e permitiram-lhe apresentar uma participação cível", avançaram os de advogados que representam Kathryn Mayorga, a norte-americana que afirma que Ronaldo a violou em 13 de junho de 2009 durante uma festa num hotel de Las Vegas.
Kathryn Mayorga denunciou a alegada violação às autoridades de Las Vegas e chegou mesmo a ser submetida a um exame médico. No entanto, ao contrário do que a imprensa internacional avançava inicialmente – que a mulher nunca tinha referido o nome do jogador, na conferência de imprensa os advogados da norte-americana disseram que esta informou a policia que era Ronaldo o alegado agressor.
O escritório de advogados vai agora apresentar uma ação civil contra Ronaldo pelos crimes de violação sexual, tentativa de assédio sexual, coação para fraude, agressão a uma pessoa vulnerável, conspiração, difamação, abuso de processo, tentativa de silenciar o caso, tentativa de concretizar um acordo de não divulgação, negligência e violação de contrato.
Depois de ser notificado, o português terá 20 dias para responder à queixa.
Além disso, a defesa da mulher indica ainda que esta terá sofrido distúrbios emocionais na sequência do incidente, o que fez com que esta ficasse frágil e sofresse de depressão. Os mesmo alegam ainda que toda a situação terá levado a suposta vítima a pensar em suicídio, assim como ter recorrido ao abuso do álcool, perda do emprego e com relações pessoais afetadas. Argumentam também que foi conduzida a um especialista, que lhe diagnosticou uma disfunção pós-traumática e uma depressão.
Recorde-se que Kathryn Mayorga alega que foi coagida a assinar um acordo de confidencialidade, a troco de cerca de 325 mil euros.
Ontem, quarta-feira, Cristiano Ronaldo reagiu ao assunto nas redes sociais, tendo negado tudo aquilo de que está a ser acusado. "Nego terminantemente as acusações de que sou alvo. Considero a violação um crime abjeto, contrário a tudo aquilo que sou e em que acredito. Não vou alimentar o espetáculo mediático montado por quem se quer promover à minha custa”, escreveu.