Medina aponta o dedo à maioria pelo problema da habitação em Lisboa

O discurso do presidente da Câmara de Lisboa foi focado no problema da habitação na capital

Fernando Medina focou o seu discurso nas comemorações do 5 de Outubro no problema da habitação dizendo que o município “não consegue sozinho combater um mercado de arrendamento sem oferta”.

"Um município, por maior e mais forte que seja, como Lisboa, não consegue sozinho combater um mercado de arrendamento sem oferta e um mercado de aquisição em inflação contínua. Esta é uma tarefa do parlamento", disse o presidente da Câmara de Lisboa, reforçando que no dia em que se celebra a República não é possível dar "expressão a uma das preocupações centrais de milhares de portugueses, a concretização do direito à habitação".

Fernando Medida, entre anúncios de criação de habitação acessível que irão começar no próximo ano, apontou o dedo à maioria governativa: “Esta é uma responsabilidade de todos, mas é naturalmente maior para os partidos que apoiam a atual solução política”. "A maioria que tantas vezes se formou para assegurar direitos fundamentais que tinham sido postos em causa não pode falhar aqui, no que é fundamental", reforçou o autarca lembrando que “já passaram três anos desta legislatura”.

"É essencial passar das proclamações inflamadas e das intervenções casuísticas para ações concretas e efetivas, é essencial avançar já”, afirmou.

Medina apontou ainda que “o número de fogos colocado para arrendamento na cidade de Lisboa caiu de 7.450 por ano para menos de metade" entre 2013 e 2018 enquanto o “preço de aquisição tem subido de forma contínua”.