Eduardo Vela, antigo médico obstetra e diretor médico no Sanatório de San Ramón, foi esta segunda-feira absolvido dos crimes de detenção ilegal, fingimento de parto e falsificação de documentos oficiais no caso do roubo de bebés na época do regime de Franco.
Apesar de ter sido comprovado que o médico era responsável por todos os crimes que enfrentava, o tribunal considerou que os delitos prescreveram em 1987, quando a denunciante atingiu os 18 anos, explica o El País.
Inés Madrigal – atualmente com 49 anos – apresentou uma queixa contra o médico, em 2012, por ter sido afastada da mãe biológica. Depois desta conclusão do tribunal, a queixosa já afirmou que não vai desistir e que pretende levar o caso para o Supremo Tribunal.
Durante o julgamento, a mãe de Inés Madrigal, Inés Pérez confessou que depois de descobrir que era estéril o médico a aconselhou a fingir uma gravidez, tendo mesmo falsificado os documentos que comprovam o parto de uma criança, que seria Inés Madrigal. Na altura Eduardo Vela chamou-lhe mentirosa, mas o tribunal acabou por confirmar a história.
As denúncias dos casos remontam à década de 80 – com a primeira denúncia de roubo de bebés no sanatório de San Ramón a ser denunciado em 1982 – onde mais de duas mil queixas foram apresentadas, todas elas sido prescritas.