A denúncia obrigou o deputado Hugo Soares, ex-líder parlamentar, a questionar o presidente do grupo parlamentar sobre o caso. O deputado Carlos Abreu Amorim também alinhou nas críticas a sustentar que existem outros deputados a quem não é dado também mais oportunidades. Uma ideia de veto ou silenciamento da direção de Rui Rio que mereceu da parte do líder parlamentar a promessa de fazer uma avaliação com o presidente do PSD, Rui Rio.
Segundo apurou o i a deputada Teresa Morais foi a primeira a apontar o dedo à direção nacional, presidida por Rui Rio. Fernando Negrão, o líder parlamentar, acabou por não prestar declarações no final do encontro, onde surgiram outras intervenções críticas à direção do partido. Carlos Abreu Amorim, por exemplo, insistiu que o papel de oposição do PSD está a ser feito por Fernando Negrão no Parlamento e não pela sede nacional.
Hugo Soares também não gostou de ouvir o secretário-geral do PSD a reagir à entrevista do primeiro-ministro na TVI. O tom e a forma como José Silvano defendeu que o PSD terá propostas concretas no Orçamento do Estado soou a crítica à anterior direção. Assim, a bancada do PSD terá uma reunião própria para debater as contas de 2019 na próxima semana.
Sobre o caso de Tancos, tanto o anterior ministro da Defesa, Aguiar-Branco, como o presidente da comissão de Defesa, Marco António Costa, abordaram o caso. O segundo insistiu que a credibilidade do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, foi posta em causa, e o primeiro sustentou que o PSD deveria ter tomado a dianteira do caso. A ideia, aliás, já tinha sido defendida noutra reunião da bancada por outros deputados.