Vários biólogos contratados pelo Estado propuseram uma classificação ecológica para proteger os golfinhos no Sado, mas o Ministério do Ambiente chumbou a proposta.
A proposta é liderada por Catarina Eira, uma investigadora da Universidade de Aveiro, e a responsável estudou, durante sete anos, quatro zonas que deveriam ser classificadas e incluídas na rede ecológica da União Europeia, mas acabou por ser chumbada.
O objetivo da equipa de biólogos passava por proteger cetáceos, nomeadamente os golfinhos do Estuário do Sado. Esta foi uma discussão pública que teve início em 2016 mas, ainda assim, nunc se chegou a uma decisão definitiva.
Em agosto deste ano, a discussão foi retomada de forma a definir uma estratégia de gestão com o objetivo de determinar como serão mantidos os valores naturais destas tais zonas.
No entanto, das quatro zonas que tinham sido inicialmente propostas, apenas duas iriam avançar, sendo que as propostas para o Estuário do Sado e a costa próxima de Setúbal acabaram por ser chumbadas, tendo ambas ficado automaticamente de parte.
Catarina Eira, em declarações à TSF, afirmou estar espantada com a decisão, e disse que não tinha recebido qualquer explicação acerca do assunto:”Não nos foi dada nenhum explicação do porquê de duas áreas sim e duas áreas não, a nível de coordenação de projeto”.
À mesma estação de rádio, o Ministério do Ambiente avançou que a classificação ecológica da entrada do Sado ainda não reuniu consenso, uma vez que estas aprovações são feitas em conjunto e os vários ministérios têm de estar em concórdia com o assunto, disse João Matos Fernandes.