O Bloco de Esquerda (BE) anunciou hoje a proposta que fez ao Governo para que, no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), o valor das propinas desce 212 euros e que o montante máximo seja de 856 euros.
"É uma excelente notícia para todos aqueles que lutaram pela extinção [das propinas] em mais de 25 anos, desde que foi introduzida como mecanismo de financiamento. É um primeiro passo, mas não pode ser o último", afirmou Alexandre Amado, presidente da direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC), à agência Lusa.
Face à extinção da propina, um dos ideias que a AAC defende, Alexandre Amado disse que este "é um primeiro sinal de esperança" e que pode vir a ser "um marco muito importante, em termos históricos".
"É uma decisão política pioneira. É a primeira vez que a propina é reduzida por decreto", acrescentou.
O dirigente estudantil garantiu que esta luta "tinha sido sempre infetada por um discurso fatalista e conformista de que a luta já não valia a pena. Esta decisão e o próprio contexto europeu comprava-nos que isso não é verdade. Prova que lutar e ir à rua vale a pena".
Uma das primeiras medidas anunciadas na manhã de hoje pela deputada do BE, Mariana Mortágua, para o OE2019, foi a redução das propinas no Ensino Superior, que no ano letivo de 2018/2019 tem um valor máximo de 1068 euros.