Mário Centeno defendeu este domingo que o Orçamento do Estado para 2019 irá marcar um momento histórico em Portugal: será a primeira vez que “inscreve um saldo orçamental muito próximo do equilíbrio entre receitas e despesas”.
“O Orçamento do Estado para 2019 renovará a aposta numa estratégia que concilia rigor e prudência na gestão das contas públicas com promoção do crescimento, do emprego, do investimento (público e privado) e da melhoria dos serviços públicos, um orçamento responsável e de continuidade”, escreve o ministro das Finanças, numa opinião publicada hoje no Diário de Notícias.
“O Orçamento define um importante marco histórico para Portugal. Pela primeira vez na sua história democrática, inscreve um saldo orçamental muito próximo do equilíbrio entre receitas e despesas (-0.2% do PIB). Este é o resultado de um longo caminho de consolidação que importa preservar”, acrescenta.
No seu artigo, Centeno elogia as conquistas feitas por Portugal ao longo dos últimos anos, graças a uma “execução orçamental rigorosa”: “A economia portuguesa cresce há 19 trimestres consecutivos. Criou 330 mil postos de trabalho, desde o pico da crise em 2013, e diminuiu a taxa de desemprego em 10.6 p.p. para um mínimo em 16 anos de 6,7%. Portugal cresce, acima da média da União Europeia, apoiado pelo investimento e exportações (9,2% e 7,8% em 2017, respetivamente), num quadro de diminuição do endividamento das famílias e das empresas (-3,2 p.p. e -4,2 p.p., em percentagem do PIB) e de diminuição das desigualdades. Estes dados são o reflexo de uma execução orçamental rigorosa dos compromissos assumidos pelo Governo desde o seu primeiro exercício orçamental. São o resultado das escolhas que compõem cada orçamento que levaram o país a um caminho de credibilidade, estabilidade social e crescimento inclusivo”.
O ministro das Finanças defende que Portugal deve manter a mesma linha que assumiu até aqui, continuando a estimular o crescimento económico e criando “espaço orçamental para conseguir responder a um eventual abrandamento da atividade económica, incerto na data, mas na certeza de que mais cedo ou mais tarde chegará”.
“Chegados aqui, não há margem para complacência, nem para soluções aparentemente fáceis, de traço populista. Temos que prosseguir do ponto onde chegámos”, conclui.