Metade dos cargos ministeriais do governo do primeira-ministro etíope, Abiy Ahmed, de 42 anos, serão ocupados por mulheres. Ahmed defendeu a decisão afirmando que as mulheres "são menos corruptas que os homens", o que, diz, ajudará a restabelecer a paz e a estabilidade no país.
A pasta da Defesa será, por exemplo, ocupada por Aisha Mohammed, anteriormente ministra da Construção. Já Muferiat Kamil, antiga presidente do parlamento etíope, ocupará o recém-criado cargo de Ministra da Paz.
Além da nomeação de mulheres, Ahmed diminuiu o número de cargos ministeriais de 28 para 20.
Com esta decisão a Etiópia passa a acompanhar o Ruanda na igualdade de género na composição do governo, os dois Estados a fazerem-no no continente africano.
Ahmed conseguiu terminar com duas décadas de guerra no país com a vizinha Eritreia, além de ter libertado milhares de presos políticos.