As dúvidas sobre quem sabia o quê avolumam-se no processo da alegada encenação da recuperação do material bélico em Tancos. Os centristas consideram que “a cada dia que passa” faz mais sentido chamar o primeiro-ministro à comissão de inquérito, para saber, por exemplo, se António Costa foi ou não informado pelo seu ministro da existência de algum memorando revelador da dita encenação.
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Perante tal cenário, o presidente do grupo parlamentar do PS considerou esta quinta-feira que tal iniciativa “seria excepcional no quadro parlamentar português”. Mais, os partidos “com determinadas responsabilidades históricas, não fazem” esse tipo de propostas. O inquérito será aprovado esta semana e presidido por um socialista como mandam as regras regimentais de rotatividade. O PS já escolheu o nome: Filipe Neto Brandão, vice-presidente da bancada do partido.
Depois das notícias, do CM e do Público, de que o antigo ministro da Defesa teria sido informado do referido memorando que explicava a encenação da recuperação das armas roubadas em Tancos, o primeiro-ministro defendeu que todos os eventuais “responsáveis ou encobridores” devem ser responsabilizados, numa nota ao Público.