O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve perto de duas horas no departamento central de investigação e ação penal, em Lisboa, num sinal de apoio ao Ministério Público no combate à corrupção, mas acabou por ter de se pronunciar sobre o caso de Tancos e o seus últimos desenvolvimentos.
O Chefe de Estado quer saber toda a verdade "doa a quem doer" e a expressão aplica-se a todos os envolvidos no processo. Ou seja, se for caso disso, a titulares de cargos políticos cessantes como o ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes. O presidente da República não o disse, mas fez questão de acrescentar que as suas palavras tinham " expressão suficientemente ampla para cobrir todos os potencialmente envolvidos e todas as responsabilidades".
A resposta do Presidente da República surgiu depois de uma pergunta sobre quando faria uma declaração ao País sobre o caso de Tancos. Ora, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que o fará mal tenha matéria e informação mais detalhada, mas lembrou que se tem pronunciado sobre o caso numa média de duas vezes por semana.
Antes, Marcelo sublinhou ainda que a investigação tem de se fazer e que "quem tem de cortar, corta a direito".