Esta sexta-feira, Lucília Gago, procuradora-geral da República (PGR), pronunciou-se sobre o caso de Tancos. A PGR disse que o importa é que o Ministério Público (MP) continue a fazer o seu trabalho e que as investigações sejam feitas com rigor, determinação e serenidade.
“O que importa é que o Ministério Público prossiga o seu trabalho, que as investigações sejam levadas a cabo com rigor, determinação e serenidade e é isso que com certeza vai acontecer, nesta investigação ou noutra”, adiantou Lucília Gago. O que realmente importa “é que sejam averiguados os factos e que seja proferida decisão em conformidade com o que foi apurado”, acrescentou.
O roubo de material militar em Tancos foi divulgado no final de junho de 2017. No entanto, o material só foi recuperado quatro meses depois de ter desaparecido. Foi encontrado a 18 de outubro pela PJM, na zona da Chamusca.
Apesar de o material ter sido encontrado, as autoridades continuaram a investigar as causas do roubo e a forma como o material tinha sido encontrado.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal e a PJ acreditam que a PJM queria abafar a investigação sobre o roubo, tentando assim desviar as atenções dos assaltantes, conseguindo uma maneira para negociar a entrega do material com os criminosos.
Na altura em que o material foi encontrado, a PJM recebeu uma chamada anónima a dar conta de onde se encontrava o material roubado. Agora, as autoridades acreditam que essa chamada terá sido forjada pela PJM, para assim ganhar os louros pela descoberta e não entregar o responsável pelo roubo.
O caso já levou à demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte – que pediu a demissão dois dias depois de Gomes Cravinho, o novo ministro da Defesa, ter tomado posse.