Orçamento. PSD diz que “Orçamento é pura negociata eleitoral”

Vice-presidente da bancada social-democrata insiste em proposta eleitoralista, “tudo na melhor cepa socialista”.

O PSD escolheu Adão Silva, vice-presidente da bancada do PSD, e o anterior líder parlamentar, Hugo Soares, para falar em nome do partido no primeiro dia de debate sobre o Orçamento.

O deputado Adão Silva acusou o Governo de “iludir” os portugueses e que, depois das eleições legislativas, “chegará a fatura das ilusões com as quais se sustenta a ‘geringonça’.

Num tom duro para o governo, o também vice-presidente da bancada ‘laranja’ considerou que o “orçamento é pura negociata e eleitoral”  e recordou a experiência do passado, tanto com o Orçamento socialista do então primeiri-ministro, António Guterres, em 1999, como o de José Sócrates, em 2009.

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A ligação ao passado  serviu para o PSD concluir que “isto não vai lá com as papas e os bolos orçamentais do costume, porque os portugueses sabem bem quanto lhes custaram as cantigas ilusórias das cigarras socialistas do passado”.

Na resposta, o ministro das Finanças usou o livro de Cavaco Silva: “Depois do livro publicado  na última semana sobre caneladas, estamos conversados”. Centeno considerou ainda que Adão Silva falou muito do passado e do Orçamento de 2020, mas muito pouco sobre a proposta orçamental de 2019.

O PSD chamou também o deputado Hugo Soares para falar sobre a proposta de Orçamento do Estado. O parlamentar foi líder da bancada antes de Fernando Negrão, tem tecido críticas ao atual líder Rui Rio, mas foi escolhido para fazer também o ataque dos sociais-democratas ao governo.