A coordenadora do Bloco de Esaquerda, Catarina Martins, defendeu este domingo a necessidade de dar apoio aos agricultores afetados pela tempestade Leslie para dar resposta a quem perdeu as colheitas, além de um sistema de seguros com controlo público.
Numa visita pela zonas afetadas, designadamente, em Montemor-o- Velho, a dirigente do BE ouviu as queixas de quem perdeu o seu sustento, de um momento para o outro. Por isso, Catarina Martins pediu, citada pela RTP, meios eficazes de apoio que “ que não sejam excessivamente burocratizados, apoiando-se as pessoas nas candidaturas”. Para o efeito, a dirigente e deputada apelou ao Ministério da Agricultura para ter mais técnicos no terreno para acautelar o apoio “de proximidade” às pessoas, insistindo em soluções que “possam responder a quem perdeu as colheitas”.
O Bloco de Esquerda já entregou uma proposta, em sede orçamental, para que os agricultores lesados pela tempestade possam ter acesso a linhas de financiamento em que se possibilite “ alguma participação pública para garantir que o excesso de juros não impossibilite o apoio”, conforme explicou Catarina Martins, citada pela Lusa.
Os comunistas, por seu turno, também entregaram uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2019, em que se “exige uma intervenção imediata do Estado”, com uma linha de apoio às vítimas à tempestade Leslie, “os adiantamentos necessários às vítimas que comprovarem precisar deles”, além agilizar apoios até cinco mil euros, “excecionados das regras, requisitos e exigências do PDR 2020”, o programa de desenvolvimento rural. O PCP justificou a proposta pela intempérie ter atingido“ algumas explorações que tinham sido afetadas pelos incêndios de 2017”, uma situação que “exige uma intervenção imediata do Estado, que não se coaduna com os processos burocratizados e de exclusão do PDR 2020”. A partir de hoje, o Governo disponibiliza 15 milhões de euros a fundo perdido para os agricultores afetados.