Catarina Martins subiu ao palco para defender que o Blcoo "mudou porque cresceu", mas também a ideia de que se o PS tivesse tido maioria absoluta, "os pensionistas estariam hoje pior e os trabalhadores estariam pior".
"Ainda bem houve força à esquerda para contrariar as medidas do programa do PS que pretendiam precisamente o contrário", defendeu Catarina Martins, com o diagnóstico de o "voto útil morreu, paz à sua alma".
Parte do discurso de Catarina Martins serviu para explicar o papel do Bloco no crescimento da esquerda e nos acordos que levaram à atual solução governativa. "A política mudou porque o PS não teve maioria absoluta e porque cresceu a força de Esquerda".
Numa primeira parte da sua intervenção, Catarina Martins lembrou o anterior governo, com um aviso: "eles andam por aí e é bom que saibam que não nos esquecemos do que fizeram".
Mas o discurso não esqueceu os "desafios do governo para 2019": legislação laboral, taxa sobre as rendas de energia, Serviço Nacional de Saúde e transportes públicos, num tom duro para o executivo socialista.
Mas Catarina Martins não esqueceu também o caso do ex-vereador caso Ricardo Robles: "Recentemente, a decisão de um nosso vereador da venda de um prédio de família, em Lisboa, levou à sua demissão. Mas ficam a saber como é que no Bloco corrigimos os erros". Segundo a coordenadora do BE, o partido não "mudou assunto" e continuou a insistir nos problemas da habitação nas grandes cidades.