A chanceler alemã, Angela Merkel, apoiou, hoje, no Parlamento Europeu, a criação de um “verdadeiro exército europeu”, corroborando a ideia defendida pelo presidente Francês, Emmanuel Macron.
Este projecto surge como resposta às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusa os europeus de não investirem na NATO. Merkel defende, por isso que esta força militar, não será contra a organização, mas servirá como complemento à NATO.
Ouvida no Parlamento, em Estrasburgo, a governante alemã propôs ainda a criação de um Conselho de Segurança Europeu. Órgão que, com uma presidência rotativa, representaria um reforço na política externa europeia, no qual “decisões importantes possam ser preparadas mais rapidamente”, defendeu.
Perante os deputados europeus, Angela Merkel proferiu: "Os tempos em que podíamos confiar nos outros acabaram. Isto significa que nós, europeus, devemos tomar o nosso destino nas nossas próprias mãos, se quisermos sobreviver como uma União. Isto significa que, a longo prazo, a Europa tem de se tornar mais capaz de agir”
No hemiciclo em Estrasburgo ouviram-se vaias e aplausos às palavras da chanceler Alemã. Entre os eurodeputados que se mostraram contra a criação de um exército está o português social-democrata, Paulo Rangel, que, em declarações à agência Lusa, disse ser “fundamental mantermos a parceria transatlântica”, acreditando que “os EUA voltarão naturalmente à sua matriz original”.
O presidente americano Donal Trump juntou-se também às vozes críticas, quando a ideia foi apresentada pelo presidente francês, definindo-a como “muito insultuosa”.