Recorde-se que a candidatura de António Godinho reúne as listas derrotadas por Tomás Correia nas eleições de 2015, tendo obtido no seu conjunto 40% dos votos. Fazem parte da lista Alípio Dias (conselho geral), o general José Pinto Ramalho (mesa da Assembleia geral) e Eugénio Rosa (Conselho Fiscal). O O economista afeto ao PCP diz que a sua decisão deve-se ao facto da necessidade de “afastar a administração e resgatar o Montepio de gente que tem alguns processos na justiça, ou colocados pelo Banco de Portugal, e que tem afetado gravemente a reputação do Montepio e determinado a perda de confiança no Montepio por parte de um grande número de associados”.
Mas apesar de personalidades tão diferentes, o responsável revelou que foi fácil chegar a um entendimento. Em entrevista ao i, António Godinho já tinha admitido que a sua lista “é a única que junta toda a oposição nas últimas eleições e é a única que verdadeiramente corporiza a alternativa aos atuais órgãos sociais. É uma lista de independentes, de pessoas que há muitos anos lutam pela renovação e pelo futuro da Associação Mutualista Montepio Geral. Pessoas de bem e com experiência e capacidade de gestão, que apenas querem ajudar e servir a AMMG”.
Em relação à futura gestão da Mutualista é dada uma certeza: “É preciso uma gestão aberta, democrática, com base nos princípios de ética e de integridade», disse ao i o candidato, lembrando que é preciso voltar às origens, tendo sempre em conta a nova realidade económica e social. “A grande crise que temos hoje é a de confiança e esta não pode ser conquistada com truques e com operações de maquilhagem”.
Também na corrida às eleições da Associação Mutualista está o atual presidente da entidade, Tomás Correia (lista A) e Ribeiro Mendes (lista B).