O piloto português Miguel Oliveira (KTM) sagrou-se no primeiro fim de semana deste mês vice-campeão mundial de Moto2, na Malásia, naquela que foi a 18º ronda e penúltima da categoria intermédia do motociclismo. Com entrada garantida no MotoGP na próxima temporada (2019), o jovem piloto luso ainda tem uma meta que deseja cumprir neste campeonato: conquistar o título mundial de clubes, no Grande Prémio da Comunidade Valenciana, que se disputa no domingo.
”Todos sonham em competir no MotoGP. Espero desfrutar da prova de Valência e, acima de tudo, deixar a equipa com mais uma vitória. Este é um circuito que se adapta bem à KTM e à minha pilotagem. Vamos lutar por esta última vitória e pelo título de equipas no domingo”, garantiu o almadense de 23 anos, que já venceu esta prova por duas vezes, em 2015, em Moto3, e no ano passado, em Moto2.
Esta será, de resto, a última prova de Miguel Oliveira ao serviço da Red Bull KTM Ajo, equipa pela qual correu nas últimas duas temporadas em Moto2 e em 2015, na categoria abaixo (Moto3). “É a minha última corrida com a família Red Bull KTM Ajo. Foram três anos incríveis. Por um lado, estou triste por deixar esta família, uma equipa que me deu tantas vitórias e tantos pódios. Por outro, estou entusiasmado por enfrentar uma nova categoria e um novo desafio”, disse o jovem piloto luso.
Antes da 19.ª e última prova do Mundial, a Red Bull KTM Ajo apresenta 22 pontos de vantagem sobre a Sky Racing Team VR46, de Francesco Bagnaia, piloto italiano que se sagrou campeão na ronda anterior, com 32 pontos de vantagem em relação a Miguel Oliveira. Para este título mundial de equipas pontuam os dois pilotos de cada equipa – o sul-africano Brad Binder (3.º classifcado neste Mundial) e Miguel Oliveira pela KTM e os italianos ‘Peco’ Bagnaia e Luca Marini (atual 7.º classificado na tabela) pela Team VR46.
Depois de cumprir a sua última corrida em Moto2 em Valência, Miguel Oliveira vai realizar os primeiros testes de MotoGP, que vão acontecer precisamente naquele circuito espanhol.
Na antevisão à sua participação na categoria rainha do motociclismo, o português lembrou que precisará de tempo para se adaptar à nova classe, mas não escondeu a ambição e os seus próximos objetivos: colocar a Tech3, equipa satélite da KTM, “no topo da tabela”.
Miguel Oliveira na Moto2 O piloto almadense despede-se da categoria intermédia do motociclismo ao fim de três anos: estreou-se em 2016 pela Leopard Racing, ano que ficou marcado por uma lesão na clavícula, tendo terminado na 21.ª posição, após ter estado ausente de várias corridas. Nas últimas duas temporadas, já com a Red Bull KTM Ajo, o piloto luso terminou na 3.ª posição (2017) e, como já foi referido, este ano, sagrou-se vice-campeão.