Depois da administração de Donald Trump ter emitido um decreto (a 9 de novembro) onde negava asilo à maioria das pessoas que cruzem a fronteira entre o México e os Estados Unidos, um juiz federal emitiu uma providência cautelar, em São Francisco, que proíbe temporariamente a administração de Trump de recusar asilo a imigrantes.
A ordem assinada pelo juiz Jon S. Tigar provém de uma ação que um grupo de ativistas colocou em tribunal horas depois da decisão do presidente norte-americano. O argumento dos ativistas é que a lei dos Estados Unidos permite claramente que alguém peça asilo independentemente da sua entrada no país. Isto porque Trump ordenou que os requerentes de asilo entrassem por uma das 26 entradas oficiais do país.
Dezenas de milhares de migrantes têm aparecido no deserto do Arizona ou na margem norte do Rio Grande, no estado do Texas, pedindo asilo às autoridades. Serão cerca de 70 mil pessoas por ano a solicitar asilo entre as portas oficiais de entrada, estima o Departamento de Segurança Interna.
Donald Trump avançou com o decreto para evitar que os milhares de pessoas que se dirigem à fronteira em caravanas consiga entrar nos EUA porque, segundo o presidente, constituem uma ameaça à segurança nacional. A primeira caravana chegou já a Tijuana com cerca de três mil pessoas.