Há novos documentos sobre o caso Cristiano Ronaldo e Kathry Mayorga. A revista alemã Der Spiegel revelou esta sexta-feira os inquéritos feitos pelos advogados de CR7 onde são apontadas contradições do jogador.
Segundo a publicação alemã – que está a investigar a acusação de violação de Cristiano Ronaldo a Mayorga juntamente com a Football Leaks – existem emails que comprovam que os advogados fizeram um questionário ao capitão da seleção portuguesa para saber o que tinha acontecido naquela noite em Las Vegas, no verão de 2009. Nesse questionário, CR7 tinha respondido inicialmente que a jovem norte-americana lhe tinha pedido várias vezes para interromper o ato sexual.
O questionário em questão terá sido feito pela Lavely & Singers – uma sociedade de advogados de Los Angeles – e foi depois enviada para outro advogado do jogador em Londres que enviou o documento depois a Carlos Osório de Castro. Segundo a publicação, o representante do jogador terá polido as respostas antes de as enviar para a equipa de advogados. Nas respostas finais é negado que Mayorga tenha pedido para parar.
A Der Spiegel publicou a primeira e a última versão dos questionários, comparando as perguntas. No primeiro, à questão “a Miss C [nome de código para Mayorga] chegou a levantar a voz ou a gritar?”, Ronaldo terá respondido que a jovem “disse ‘não’ e pediu para parar várias vezes” enquanto na última versão a resposta é simples: “não”.
Um outro exemplo aparece quando o craque é questionado se “a miss C disse alguma coisa depois da interação sexual – como por exemplo, que tinha gostado do sexo, que tinha tido um orgasmo –, ou disse algo negativo – que estava chateada, que não queria ter tido sexo, que tinha pedido para interromper, que tinha tentado resistir ou algo do género?”. Enquanto na resposta final Ronaldo diz apenas “não”, na primeira resposta o jogador diz que “no final ela disse: ‘Seu parvo, porque é que forçaste? Seu estúpido. Não sou igual às outras’” tendo ele próprio pedido desculpa.
O caso que envolve Cristiano Ronaldo de Kathryn Mayorga foi divulgado a 28 de setembro pela revista alemã Der Spiegel, data em que a jovem norte-americana falou pela primeira vez em público sobre a acusação que apresentou contra o jogador. Em 2009, tanto Ronaldo como Mayorga terão assinado um acordo de confidencialidade, tendo o jogador pago 325 mil euros à jovem.