Segundo o SOL apurou, uma das vítimas estava a andar de bicicleta junto à praia quando começou a ser perseguida por uma matilha de cães vadios; a vítima viu-se obrigada a sair da bicicleta e a atirar-se para a água para se proteger.
Mas este não é caso único na zona. Ao SOL, António Aguiar, presidente da Junta de Freguesia de São Jacinto, confirmou que as queixas dos ataques começaram a chegar há cerca de um mês. O primeiro a ser reportado foi o de uma francesa que depois de ter sido mordida se dirigiu «à junta de freguesia e à farmácia (…) a pedir ajuda para chamarmos uma ambulância».
O responsável fala ainda em relatos de pessoas que «dizem que iam sendo atacadas e tiveram de se atirar à água para não serem mordidas». No entanto, António Aguiar diz que isto são apenas relatos e que não há registos de queixas formais.
Na zona já foram identificadas, até ao momento, duas matilhas e, de acordo com o responsável, estas circulam «mais junto à praia».
Para já, a junta está a trabalhar com a Câmara e com a GNR para arranjar uma solução, visto que não podem apanhar os animais errantes de qualquer maneira. «Se tivéssemos canil municipal era possível que já se tivesse atuado há mais tempo», completou.
O responsável queixa-se de que os canis e centros de recolha estão cheios, sendo mais difícil de abrigar estes animais errantes, mas acredita que dentro de uma semana esta situação deverá ficar resolvida.
Dias antes de a lei do fim dos abates nos canis ter entrado em vigor, os veterinários alertaram para o facto de o número de animais errantes nas ruas poder sofrer um aumento, porque os canis se encontravam cheios e a capacidade de recolha era bastante reduzida.