A jornada 15 da Premier League, disputada desta feita a meio da semana, revelou-se um bombom para o Manchester City, que na terça-feira conseguiu um suado triunfo (1-2) na deslocação ao recinto do Watford. No conforto do sofá, os citizens viram ontem três dos seus diretos perseguidores escorregar (assumindo que o rival United ainda faz parte desse lote) e ainda acreditaram que o Liverpool viria a sofrer a primeira derrota da época: os reds estiveram a perder na visita ao terreno do Burnley, mas acabaram por virar o resultado (1-3).
No jogo grande da ronda, o Manchester United e o Arsenal acabaram por se anular: 2-2. Num encontro muito equilibrado, os gunners, que vinham embalados – duas vitórias consecutivas, a última das quais um estupendo 4-2 no dérbi londrino com o Tottenham -, adiantaram-se no marcador em Old Trafford aos 26 minutos. Muitas culpas, refira-se, para De Gea, que não conseguiu segurar um cabeceamento de Mustafi, acabando por deixar fugir a bola e permitir que esta ultrapassasse a linha de golo.
Os red devils, que contaram com Diogo Dalot a titular pela primeira vez no campeonato, não demoraram muito a reagir. E da melhor forma: com golo. Aos 30’, o ex-sportinguista Rojo assume a marcação de um livre direto em zona frontal e atira forte. Leno defende para o lado, mas Ander Herrera – que se encontrava em posição irregular no momento do remate de Rojo – chega rapidamente ao esférico e passa para a zona central da pequena área, onde aparece Martial a finalizar.
Muito bem organizado, embora sempre numa estratégia de contenção (Lukaku voltou a ficar no banco, tal como Mata e Pogba), o Manchester United foi contrariando o maior ímpeto da equipa visitante, mas acabaria traído por uma asneira monumental de Rojo, que perdeu a bola em zona proibida e depois ainda foi “dividir” o golo do Arsenal com o recém-entrado Lacazette (68’). Na jogada seguinte… golo do United: uma receção falhada de Kolasinac na sua área deixou a bola à mercê de Lingard, que não falhou na cara de Leno. O encontro continuou frenético, com destaque para três defesas incríveis de De Gea a remates de Lacazette, Aubameyang e Torreira, mas o marcador não se viria a alterar. O empate final deixa os homens de José Mourinho no oitavo lugar, depois do quarto jogo consecutivo sem vencer para a Premier League; o Arsenal, por seu lado, caiu para quinto, ultrapassado pelo Tottenham, que passou sem dificuldades na receção ao Southampton (3-1).
Enorme destaque merece também o feito do Wolverhampton de Nuno Espírito Santo, que bateu o candidato Chelsea por 2-1, com golos de Raúl Jiménez (ex-Benfica) e do português Diogo Jota (ex-Paços de Ferreira e FC Porto), que se estreou a marcar na Premier League. O Wolves pôs fim a um ciclo muito negativo – seis jogos seguidos sem vencer, com cinco derrotas nesse período – e confirmou a predileção para bater o pé aos gigantes: já havia empatado com Manchester City, Manchester United e Arsenal (todos por 1-1).