A comissão de inquérito ao furto de material de militar de Tancos vai começar as audições no início do próximo ano.
Ao todo, a comissão irá ouvir, até maio de 2019, 63 personalidades e entidades, incluindo o primeiro-ministro António Costa, cujo depoimento será feito por escrito.
Serão realizadas duas reuniões por semana, segundo o calendário acordado, divulgado.
Um membro da comissão adiantou que após a semana do Natal, os deputados vão também fazer visitas a Tancos e ao Campo Militar de Santa Margarida, para onde foi transferida grande parte do material após o furto, em junho de 2017.
Sublinhe-se que esta comissão parlamentar, cujos trabalhos foram iniciados a 14 de novembro, pretende "identificar e avaliar os factos, os atos e as omissões" do governo "relacionados direta ou indiretamente com o furto de armas em Tancos", desde a data do furto ao tempo presente, para "apurar as responsabilidades políticas daí decorrentes".
O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos foi tornado público a 29 de junho de 2017.