Um tribunal russo condenou o antigo polícia Mikhail Popkov, de 54 anos, pela violação e morte de mais 56 mulheres na cidade de Angarsk, na Sibéria, Rússia. Em 2015, o ex-polícia tinha sido condenado por um outro tribunal pela violação e morte de outras 22 mulheres. Com esta nova condenação, Popkov tornou-se no mais mortífero serial killer na Rússia durante o século XX, com 78 homicidios contabilizados, entre os quais o de um polícia. Os crimes foram cometidos entre 1992 e 2010.
“Não há qualquer dúvida que Popkov cometeu estes homicídios. Ele mostrou-nos os locais onde os corpos estavam enterrados e, com um brinco, tatuagem ou outra característica, descreveu os assassinatos e vítimas em detalhe”, afirmou o procurador regional Aleksandr Shkinev em conferência de imprensa. O procurador revelou que 14 corpos continuam por identificar.
O ex-polícia foi detido pelas autoridades em 2012, depois destas terem conseguido relacionar relacionar provas de ADN e a descrição do carro do homicida com a de Popkov. Durante anos o serial killer foi conhecido pela população de Angarsk como “maníaco de Angarsk”, violando e matando mulheres e abandonando os seus corpos à beira da estrada e bosques ou enterrando-os. Como agente da autoridade, o russo voltava aos locais do crime – prática comum entre algumas tipologias de serial killer -, não levantando suspeitas entre os investigadores.
Popkov escolhia as suas vítimas com base em critérios morais de pureza, afirmando-se como “purificador” da sociedade. “Deixaram os seus maridos e crianças em casa e saíam para beber. Claro que ninguém vive sem pecado, mas ninguém deve magoar os seus mais próximos”, disse Popkov numa entrevista ao jornal “Komsomolskaya Pravda, em 2015. Segundo os especialistas forenses do tribunal, o antigo polícia sofre “de mania homicida, uma irresistível vontade de matar”.