O Bloco de Esquerda começou a sua intervenção no último debate quinzenal do ano com um pedido de "decoro" à direita. A coordenadora do partido, Catarina Martins, assumiu ter ficado "espantada" com o papel do PSD e do CDS a assumirem-se de porta-vozes "dos sindicatos" no debate quinzenal, no Parlamento. Apesar do espanto, Catarina Martins lembrou que a direita não viabilizou a progressão de carreiras de todos os enfermeiros.
Apesar de criticar a posição da direita, Catarina Martins lembrou a António Costa que "negociar não é empatar" e exigiu ao governo um calendário para encontrar soluções para as várias progressões de carreiras do setor público. O BE considerou que há "muita despesa que não tem sido executada" e o executivo foi além das metas do Tratado Orçamental, preocupado com o défice.
Catarina Martins questionou o governo também sobre a manhã difícil nos transportes da Transtejo, entre o Cais do Sodré e o Seixal. Costa assegurou que o Estado já investiu 18 milhões de euros para a reparação de barcos e serão abertos mais concursos em janeiro. Depois, avisou que o Estado deve pagar a dívida, como o fez ontem ao FMI, para libertar recursos e investir. Costa disse, que em termos de criação de riqueza, o País saiu da "terceira sub-cave e agora está ao nível da rua".