Mário Centeno reagiu esta quarta-feira à eleição como o ministro das Finanças do ano 2019 pela publicação The Banker – revista que se dedica a assuntos económicos mundiais – pertencente ao grupo Financial Times.
Em entrevista à RTP1, o ministro das Finanças garantiu que não quer “nem dar demasiado valor nem retirar valor ao prémio”.
“É a primeira vez que um ministro das Finanças português tem este prémio e há mais de uma década que não ia para o sul da Europa”, começou por dizer Centeno, acrescentando ainda que esta é uma distinção que “reflete o percurso que o país tem feito nos últimos anos” de “consolidação das contas públicas”.
Para o ministro das Finanças, Portugal “tem um défice que, sendo normal na Europa, é bastante baixo para a história das finanças públicas em Portugal”.
“Ao longo da legislatura temos sido confrontados com contestação e temos feito inúmeros processos negociais com resultados bastante positivos”, referiu depois de confrontado com o descontentamento de setores como o da saúde e da educação.
Desta forma, relativamente à saúde, Centeno salientou que o Governo tem feito “uma aposta muito grande” no setor.
“A despesa total do SNS nos últimos 12 meses cresceu 500 milhões de euros. Destes 500 milhões de euros, 100 milhões de euros é o aumento de despesa com farmácia, 50 milhões de euros com os meios de diagnóstico”, referiu.
Relativamente ao setor da educação, mais especificamente ao descongelamento das carreiras dos professores, Mário Centeno referiu que a solução a adotar será “responsável, financeiramente robusta e passível de ser cumprida”.
Mário Centeno foi eleito o ministro das Finanças do ano 2019 pela publicação The Banker – revista que se dedica a assuntos económicos mundiais -, que pertence ao grupo Financial Times.
Recorde-se que o governante foi distinguido pelo papel essencial que teve ao longo das negociações para a reforma da zona euro, enquanto presidente do Eurogrupo e, além disso, pelo seu trabalho como ministro das Finanças de Portugal.