Psicólogos, psiquiatras e padres da Igreja Católica acreditam que é possível curar a homossexualidade através daquilo a que dão o nome de terapias de conversão ou de reorientação sexual.
De acordo com uma investigação da jornalista Ana Leal, da TVI, existe uma espécie de sociedade secreta em Portugal que acredita que a homossexualidade é uma doença, um surto psicótico ou uma perturbação psicológica, e, por isso, acredita que existe uma forma de conversão.
Ao longo da reportagem, são transmitidas imagens que demonstram as sessões que decorrem em consultórios privados, mas também em igrejas, o objetivo é “salvar almas perdidas”.
Maria José Vilaça psicóloga e presidente da Associação de Psicólogos Católicos surge na reportagem da estação de Queluz durante uma terapia individual de conversão. A psicóloga chega mesmo a dizer que a homossexualidade é como a “bipolaridade”, sendo que existe uma fase maníaca, em que a pessoa sente que é homossexual, e uma fase normal, em que volta a sentir o que era.
Em 2016, Maria José Vilaça já havia estado envolvida em polémica por surgir num vídeo onde defendia que a homossexualidade advinha de uma “perturbação psicológica”.
Miguel Ricou, Presidente da Comissão Ética Ordem de Psicólogos, garante, em declarações à TVI, que se um psicólogo afirmar que a “homossexualidade é uma doença” se sente “envergonhado” e que a homossexualidade “nada tem a ver com a psicologia”.