Um ataque perfeitamente orquestrado contra o complexo de luxo dusitD2 em Nairóbi, que inclui um hotel, um spa, restaurantes, bancos e edifícios de escritórios de empresas estrangeiras, provocou a morte de pelo menos sete pessoas e ferimentos em mais uma dezena mais, num balanço provisório que tudo apontava iria aumentar. O ataque reivindicado pelo grupo terrorista somaliano Al Shabab (o mesmo que em 2013 atacou o centro comercial Westgate na capital queniana que resultou na morte de 67 pessoas) ainda decorria quando este texto estava a ser terminado, com as autoridades a afirmar que as suas forças já haviam declarado seguros seis dos sete andares do hotel, mas continuavam a trocar tiros com os terroristas.
O ataque, levado a cabo por um número indeterminado de indivíduos, começou ao princípio da tarde com a explosão de três veículos perto de um banco e um ataque suicida no lobby do hotel. O site News24, citando um diplomata somali que não quis ser identificado, diz que vários membros do governo da Somália realizavam uma reunião no hotel na altura do ataque, não se sabendo ainda se teriam sido alvo ou não dos terroristas.
As autoridades quenianas estavam em alerta desde novembro, devido à informação que o Al Shabab preparava ataques de grande dimensão contra alvos em Nairóbi, mesmo assim, o modus operandi dos terroristas acabou por apanhar desprevenida a polícia e os serviços secretos.
As forças de segurança quenianas já controlaram o complexo de luxo. "As forças de segurança evacuaram vários cidadãos quenianos e de outras nacionalidades dos edifícios", disse o ministro do Interior, Fred Matiang, em comunicado. "Estamos agora na fase final de análise da área e de salvaguardar as provas e documentar as consequências deste infeliz evento", acrescentou.
Pelo menos 11 pessoas morreram e várias ficaram feridas no ataque terrorista. Espera-se que o número de mortos aumente nas próximas horas.