O governo italiano reuniu-se, esta quinta-feira, para aprovar reformas sociais e no sistema de pensões. As alterações incluem a diminuição da idade da reforma para os 62 anos, após 38 anos de contribuições, tal como o chamado “rendimento dos cidadãos”. Esta medida dará até 780 euros mensais a cada indivíduo, caso não tenha outros rendimentos e viva numa casa arrendada. É uma proposta do Movimento 5 Estrelas (M5S) desde a sua fundação.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, diz: “Estamos a estabelecer um novo Estado Social, em Itália, para pessoas que anteriormente foram espremidas como limões”. O vice-presidente do conselho de ministros, Luigi Di Maio, garante que “as medidas abrangerão 5 milhões de italianos”. A última versão das medidas custará 6,1 mil milhões de euros ao Estado italiano em 2019.
Parte da oposição considera este aumento dos gastos públicos é insustentável para as finanças italianas. Francesco Boccia, do Partido Democrático (PD), teme que Itália “caia de novo na espiral perversa de dívidas da qual, após 10 anos difíceis, conseguiu sair”.