O eurodeputado José Manuel Fernandes considerou que “foi um Conselho Nacional muito participativo, onde a liderança de Rui Rio e o Partido Social Democrata saíram muito reforçados, a moção de confiança apresentada acaba de por se traduzir numa votação que permite agora dar até um novo fôlego para o PSD”.
O social-democrata revelou que foi favorável à “moção de confiança à direção de Rui Rio”, porque considera “que não faz nenhum sentido criar um precedente grave estar a marcar eleições diretas de cada vez que um militante desafiasse um líder, o que poderia ter repercussões até Distritais e em termos da Concelhias”.
Para o também presidente da Distrital do PSD de Braga, “nunca nos devemos esquecer que o presidente do PSD é eleito em eleições diretas, no caso concreto teve mais de 22.500 votos, de quem lhe confiou uma missão de se candidatar a primeiro ministro, ele não foi ainda a eleições, há aqui atos eleitoras que começam na segunda parte do mandato, do seu segundo ano, desde logo eleições legislativas e depois europeias, depois ainda vão haver em setembro as eleições na Madeira, para além das legislativas em outubro”.
Por outro lado, continuou o eurodeputado, “não podemos abrir um outro precedente, que é o das sondagens, porque um partido não se pode deixar governar por sondagens, pois caso contrário seriam as empresas de sondagens a comandar os partidos, se seguíssemos essa lógica, Pedro Passos Coelho nem tinha ganho as eleições, ele que na campanha das últimas eleições legislativas teve meses de sondagens desfavoráveis”.
Para José Manuel Fernandes, “quem quiser defender as sondagens tem de ser consequente e até antes de se candidatar, tem de fazer uma sondagem sobre si próprio e ver se tem alguma possibilidade inclusivamente em relação ao líder que está a desafiar”.
Segundo o anterior presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, “este Conselho Nacional também teve questões formais que acabaram por ser resolvidas e foi o voto secreto, que era o grande obstáculo e o grande problema que os críticos estavam a colocar, pronto, foi voto secreto”.
Mas, na opinião do presidente da Distrital do PSD de Braga, polémicas à parte, a clarificação foi feita.
“E agora espero que todos trabalham para um objetivo que é o do Partido Social Democrata, a única alternativa ao António Costa, ter todas as condições e a toda a mobilização do Partido Social Democrata, para apresentar propostas e para fazer face à desgovernação que está a ser a do Partido Socialista, porque nunca tivemos serviços públicos tão maus, nunca um investimento público tão baixo, em simultâneo a maior dívida pública da nossa história e ainda a maior carga fiscal, que é a máxima, com serviços públicos mínimos, pelo que isto tem de ser invertido, já foi desmascarado”.
José Manuel Fernandes foi considerado decisivo na intervenção que fez, quer durante o Conselho Nacional do PSD quer antes com a publicação de um vídeo no Facebook a defender a aprovação da moção de confiança a Rui Rio.