O polícia que em 2014 matou matou um jovem negro de 17 anos em Chicago, nos Estados Unidos, ao disparar sobre ele 16 tiros, foi nesta sexta-feira a quase sete anos de prisão.
Laquan McDonald foi morto por Jason Van Dyke na noite de 20 de outubro de 2014, com 16 disparos. Tornado público apenas um ano mais tarde através de um vídeo que acabaria por ser usado como prova em tribunal, o caso desencadeou vários debates sobre racismo e conduta policial nos EUA.
Condenado a uma pena de prisão de quase sete anos, o ex-polícia, agora com 40 anos, poderá ser libertado quando tiver cumprido metade da pena, se mostrar comportamento adequado na prisão.
Para a família do jovem, que, ouvida pela Associated Press, considerou a pena demasiado leve o que, afirmaram, “reduz a vida” de Laquan McDonald “a um cidadão de segunda classe”.
O vídeo que acabaria de servir de prova na condenação do agente policial só foi divulgado pelas autoridades municipais mais de um ano depois da ocorrência do crime. Imagens “violentas e arrepiantes”, nas palavras dos juízes, que ao serem divulgadas contribuiram para as acusações de racismo contra forças policiais e deram origem a uma série de protestos.
No vídeo, filmado pela câmara de bordo do carro patrulha, vê-se o adolescente cair no chão depois de ter sido alvejado, aparentemente incapacitado, enquanto o agente continuava a disparar sobre o seu corpo.
Em 2017, três agentes da polícia de Chicago viriam a ser acusados de ter mentido e conspirado para encobrir este assassínio.