Inglaterra. Jota reencarnou o CR7 no show do Wolves

O avançado português apontou três dos quatro golos do Wolverhampton na louca vitória sobre o Leicester (4-3), com Moutinho, Rúben Neves e Jiménez também a brilhar alto

Mais uma ronda absolutamente espetacular na Premier League, e com forte influência lusa. Desde logo na partida que abriu a jornada: o Wolverhampton, orientado por Nuno Espírito Santo, venceu o Leicester por loucos 4-3, com Diogo Jota a marcar três golos. O ex-avançado do FC Porto tornou-se o segundo português a conseguir um hat-trick no escalão maior do futebol inglês – antes dele, só mesmo Cristiano Ronaldo, em janeiro de 2008.

O Wolves entrou em grande e aos 12 minutos já vencia por 2-0 (duas assistências de João Moutinho). Acabou, todavia, por permitir o empate do Leicester logo a abrir a segunda parte. Jota bisou aos 64’, após passe extraordinário de Rúben Neves, e Morgan restabeleceu a igualdade para os foxes a três minutos do fim. Nos últimos instantes, um passe sublime (mais um) de Rúben Neves rasgou a defesa do Leicester e encontrou Raúl Jiménez, com o avançado cedido pelo Benfica a assistir para o hat-trick de Jota. Nuno foi ao delírio, entrando no relvado para celebrar com os jogadores – acabou expulso -, e o Wolves conseguiu o tão desejado triunfo, subindo para o oitavo posto.

Mas vinha aí mais do mesmo género. Em Anfield, o Liverpool venceu o Crystal Palace pelo mesmo resultado, depois de ter começado a perder, feito a reviravolta e consentido novo empate. O golo que virou definitivamente o jogo surgiu aos 75’, com Salah a empurrar à boca da baliza após uma fífia monumental do veterano guardião Speroni. Já nos descontos, e com os reds reduzidos a dez por expulsão de Milner, Sadio Mané fez o 4-2. Jürgen Klopp permitiu então a estreia do jovem português Rafael Camacho, antes de Meyer reduzir para 4-3. O Liverpool consolidou assim a liderança, com o Manchester City a repor este domingo para quatro os pontos de desvantagem ao vencer sem dificuldades por 3-0 no terreno do último, o Huddersfield, com golos de Danilo (ex-FC Porto), Sterling e Sané.

Imparável segue o Manchester United, que somou a sétima vitória consecutiva sob o comando de Ole Gunnar Solskjaer: 2-1 ao Brighton, com um penálti de Pogba e uma assistência de Diogo Dalot para o golo de Rashford. Pouco depois, no dérbi de Londres, o Arsenal venceu o Chelsea por 2-0, com golos dos franceses Lacazette e Koscielny – os blues estão agora apenas três pontos à frente dos gunners e dos red devils. O Everton de Marco Silva e André Gomes, por seu lado, caiu no terreno do Southampton (2-1), de Cédric, e desceu para 11.o.

 

Real a subir, Mónaco cada vez pior No jogo grande da ronda em La Liga, o Real Madrid mostrou-se superior ao Sevilha: venceu por 2-0, com um golaço de Casemiro aos 78’ e outro de Modric já nos descontos, após roubar a bola a Daniel Carriço, e subiu ao pódio pela primeira vez na temporada, por troca precisamente com os andaluzes. Destaque também para a goleada do Getafe, de Antunes, ao surpreendente Alavés (4-0), e para a derrota caseira (quarta seguida) do Celta de Vigo, orientado por Miguel Cardoso, frente ao Valência (1-2), que deixou os galegos apenas um ponto acima da zona de despromoção.

Uma referência ainda para a liga francesa, onde o PSG aplicou uma goleada das antigas ao lanterna vermelha Guingamp, onde alinha o português Pedro Rebocho: 9-0, na vingança perfeita da eliminação da Taça da Liga, há uma semana e meia, frente ao mesmo adversário. Cavani e Mbappé marcaram três golos cada um, Neymar bisou e Meunier fechou a contagem no passeio dos parisienses. De mal a pior vai o Mónaco de Thierry Henry, que continua em penúltimo e desta feita foi goleado em casa pelo Estrasburgo: 1-5.