Bairro da Jamaica. Costa diz que não podemos “dramatizar nem banalizar” o que aconteceu

“Se houve uma ação de violência policial, ela tem de ser devidamente apurada e punida”

António Costa explicou esta quinta-feira que há inquéritos a decorrer no seguimento dos incidentes ocorridos no bairro da Jamaica, defendendo que existem boas razões para confiar na polícia.

"Se houve uma ação de violência policial, ela tem de ser devidamente apurada e punida. E se há ações de violência contra a polícia, também têm de ser punidas. Mas, temos de deixar que as autoridades cumpram as suas funções", afirmou o primeiro-ministro, dizendo que "há participações ao Ministério Publico e um inquérito aberto pela Inspeção Geral da Administração Interna".

{relacionados}

“Temos de deixar que tudo seja apurado por forma a não tirarmos conclusões precipitadas. O país tem zonas, sobretudo na periferia das áreas metropolitanas, onde há focos de tensão devido às condições de vida existentes. Há um trabalho e um esforço contínuo a fazer", acrescentou António Costa.

O primeiro-ministro destacou o facto de o Governo ter assumido “como prioritária a intervenção” no Bairro da Jamaica, enaltecendo o facto de, em dezembro, já se ter procedido “ao realojamento das primeiras 64 famílias”. "Temos um programa para que, nos próximos anos, haja um realojamento total das pessoas do bairro", acrescentou.

Após a visita ao espaço da 'Ephemera', Arquivo e Biblioteca José Pacheco Pereira, no Barreiro, Costa fez questão ainda de dizer aos jornalistas que não se pode transformar o que tem acontecido nos últimos dias num paradigma.

"Não podemos dramatizar aquilo que são incidentes, nem banalizar a situação. Temos boas razões para confiar na nossa polícia, como temos boas razões para confiar nos cidadãos que vivem em Portugal, sejam portugueses ou estrangeiros, não transformando um caso concreto num paradigma e numa realidade que não é a nossa", afirmou.