A Venezuela está a ferro e fogo, depois de uma prova de força entre duas manifestações, cada uma com dezenas de milhares de pessoas, tanto contra como de apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, terem escalado para a autoproclamação de presidente interino do país por Juan Guaidó, líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional.
Vários países, entre os quais os Estados Unidos, Canadá, Argentina, Peru e Equador, posicionaram-se ao lado de Guaidó ao reconhecerem-lhe a legitimidade. Do outro lado, Maduro anunciou que não abdica da presidência, com a Rússia, China e Turquia a apoiarem-no.
Nos confrontos entre manifestantes anti-Maduro e as autoridades, pelo menos 14 pessoas já perderam a vida nas ruas da capital venezuelana, Caracas, ao longo do dia e noite de ontem. Os militares, o principal pilar do regime de Maduro, reafirmaram a sua lealdade ao sucesso de Hugo Chávez, enquanto Washington não descarta qualquer opção no futuro, inclusive a da intervenção militar no país.