A líder do CDS criticou, no sábado à noite, em Penafiel, o governo por impor uma "carga fiscal máxima" e "serviços públicos mínimos", sobretudo na saúde, onde, segundo Assunção Cristas, se vive "uma desgraça inédita". Para a centrista, o executivo de António Costa "demonstra uma absoluta incapacidade de governar em muitas áreas críticas para todos nós, com a saúde à cabeça".
Num jantar que assinalou a entrada em funções da nova concelhia do CDS de Penafiel, Cristas falou de um país que, no setor da saúde, tem "consultas adiadas, listas de espera a crescer, cirurgias canceladas, greves em todo o setor e dívidas que dispararam".
"É isto que eu ouço, de norte a sul do país, de utentes do nosso SNS, de médicos, de enfermeiros e de diretores que se demitem porque são incapazes de suportar esta hipocrisia deste Governo que nos vem dizer que tem maior número de consultas e cirurgias e não olha para a realidade que é a desgraça a que votou o nosso SNS", justificou.
Assunção Cristas lembrou um recente episódio em que um comboio perdeu um dos motores e fez uma comparação com o governo: "Temos um governo que está sem motor, que não tem tração, que está desnorteado, que comete erros e descoordenações, dia após dia".
A presidente do CDS defendeu ainda que ninguém faz oposição no país como o CDS, considerando que o seu partido constitui "a única, verdadeira e sistemática oposição em todas as áreas".