A Assembleia Nacional da Venezuela, liderada pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, que já foi reconhecido por mais de 40 países, aprovou na terça-feira uma resolução contra o Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela que hoje se reúne pela primeira vez em Montevideu, no Uruguai, com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva.
De acordo com um tweet do próprio Guaidó, os deputados da Assembleia Nacional reconheceram “ao Grupo de Lima e aos países da Europa o seu apoio”, ao mesmo tempo que mostravam a sua “rejeição a qualquer diálogo ou grupo de contacto que aumente o sofrimento do povo”. Para o líder da oposição, “o único objetivo” é o “fim da usurpação, governo de transição e eleições livres”.
Também o senado de Espanha, país que promoveu a criação do grupo de contacto, aprovou ontem uma moção a pedir ao seu governo que não aceite “os falsos diálogos” porque só dão oportunidade a Nicolás Maduro de respirar. A direita, que tem maioria na câmara alta do Congresso espanhol votou a favor. Curiosamente, os socialistas, que estão no governo, abstiveram-se.
Para o México, país que não reconheceu Guaidó e que desde o princípio da crise política venezuelana tem defendido o diálogo como solução, voltou a reiterar ontem essa posição num artigo de opinião do subsecretário mexicano para a América Latina e as Caraíbas, Maximiliano Reyes, no “El País”: “Conscientes da dificuldade (…) as circunstâncias à volta da Venezuela mudaram de forma significativa nas últimas semanas e isso, conjugado ao compromisso pela paz do México, anima-nos a realizar uma nova tentativa, com uma abordagem renovada.