O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, levou a debate os problemas da ferrovia, e a perda de motor de uma locomotora na passada semana por fadiga do material. O caso serviu de exemplo para a pergunta sobre a segurança dos utentes. António Costa queixou-se da herança.
O primeiro-ministro começou por lembrar que o Governo tem tomado medidas para inverter o desinvestimento e desabafou: “O meu problema de memória é não ser capaz de esquecer a herança”.
A bancada do PSD agitou-se, e Costa reagiu: “Não precisavam de ficar com o exclusivo da carapuça”. O primeiro-ministro lembrou que não havia investimento na ferrovia há 20 anos.
Mas a troca de galhardetes sobre heranças acabou por levar o chefe de Governo a recuperar o duelo com Negrão na câmara de Lisboa, em 2007, com o também secretário-geral do PS a sublinhar que o PSD deixou a autarquia à beira da bancarrota. Ora, Negrão sublinhou que estava na altura do atual executivo “agradecer ao anterior” governo PSD/CDS, porque, argumentou: “ Os senhores deixaram o país, de facto, em bancarrota” , em 2011.