Pelo décimo ano seguido, o número de nascimentos no país não superou o número de mortes. O Instituto Nacional de Estatística divulgou esta sexta-feira dados preliminares sobre as estatísticas vitais do país. O INE assinala que houve um aumento de 1% nos nascimentos face a 2017, mas essa evolução positiva não compensou o aumento do número de óbitos, refletindo-se num agravamento do saldo natural para -25 982 pessoas no país, número que não tem em conta o fenómeno da emigração.
De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, em 2018 registaram-se 87 325 nados-vivos e 113 477 óbitos em território nacional. O número de nados-vivos de mães residentes em Portugal foi 86 973, mais 1,0% em relação a 2017. O número de óbitos de residentes em Portugal foi 112 955, mais 2,9% em relação a 2017.
Outubro foi o mês com mais nascimentos (7895). Já o mês de janeiro registou o maior número de óbitos (12 318), o padrão habitual na análise da mortalidade no país, com frio, gripe e outras infeções respiratórias nos meses de inverno a fazerem aumentar o número de mortes face às médias dos meses de verão.
O ano de 2018 foi o último a registar um saldo natural positivo no país: nesse ano houve mais 314 nascimentos do que óbitos. Antes, 2007 tinha já representado saldo natural negativo, sendo a primeira vez que tal aconteceu na história recente do país. O indicador de 2018 agora divulgado pelo INE, analisando os saldos naturais dos últimos anos, destaca-se por ser o mais baixo de sempre. Em 2017, o decréscimo natural da população foi de -23 432.