O presidente do PSD afirmou que é favorável a legislaturas de cinco anos. Para Rui Rio, quatro anos é um período “curto”, que não permite uma “governação estabilizada”.
O líder social-democrata sublinhou que o cenário piora quando “o governo está sempre a mudar de ministros e secretários de Estado”, deixando uma crítica a António Costa, que se prepara para voltar a fazer alterações no executivo. Em causa está à constituição da lista socialista para o Parlamento Europeu, que levará à saída do governo do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e da ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.
“Eu naturalmente percebo que tem de haver muitas vezes remodelações governativas, agora parece-me que este governo exagerou um bocado. Não há grande estabilidade governativa se olharmos desde 2015/2016 até hoje”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas, numa visita ao Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), no Porto.
Para Rui Rio, é “muito difícil” um executivo ter uma governação consistente se os seus elementos estão constantemente a mudar, acrescentando que “há muito tempo” que já perdeu a conta às alterações. “Eu já perdi a conta às remodelações e já perdi a conta aos secretários de Estado e aos ministros que, entretanto, se alteraram”, salientou, acrescentando que “foram mesmo muitas”.
Esta será a quarta remodelação feita no governo de António Costa. A última e maior de todas aconteceu em outubro do ano passado. Nessa altura, tomaram posse quatro novos ministros: na Defesa, João Gomes Cravinho substituiu Azeredo Lopes; na Economia, Pedro Siza Vieira ocupou o lugar de Manuel Caldeira Cabral; na Saúde, Marta Temido substituiu Adalberto Campos Fernandes e, na Cultura, Graça Fonseca ocupou o lugar de Luís Filipe Castro Mendes.