São sete os argumentos apresentados na moção de censura do CDS ao governo de António Costa.
O documento a que o i teve acesso e que foi apresentado hoje à tarde com o título “Recuperar o Futuro” começa por dizer que “o governo está esgotado e falhou” e que “cria problemas e é incapaz de encontrar soluções”, de forma a conseguir a “paz social”, para os problemas da saúde, para a economia ou para o investimento público que esta “em mínimos históricos”.
A iniciativa do CDS acontece enquanto decorre uma greve geral da Função Pública e sobe de tom o braço de ferro entre os enfermeiros e o governo. Também os professores estão, há mais de um ano, em conflito com o governo, por causa do tempo de serviço congelado.
“Esta maioria já não tem soluções para oferecer. Já só pensam nas próximas eleições”, disse Assunção Cristas durante a apresentação da moção de censura ao governo, na sede nacional do CDS.
Na saúde, Assunção Cristas considera que é “gritante” o que se está a passar frisando que “não há qualidade na resposta do SNS”. Além disso, a presidente do CDS alerta que em três anos a dívida do SNS “disparou quase mil milhões de euros” ao mesmo tempo que há “um número assustador” de demissões de médicos e direções clínicas.
Esta é a segunda moção de censura apresentada pelos centristas, as únicas contra este governo. A primeira iniciativa aconteceu em Outubro de 2017, depois dos incêndios na zona centro. Nessa altura, a moção foi rejeitada.
Desta forma, o CDS compromete o PSD sendo esta a primeira vez que Rio Rio terá de clarificar a sua posição em relação às políticas seguidas por António Costa.
O moção será entregue no parlamento na próxima quarta-feira.