A PT Ventures SGPS, S.A. (“PTV”), acionista de 25% da Unitel, pediu ao Tribunal Provincial de Luanda que o atual conselho de administração da Unitel fosse substituído por um administrador judicial nomeado. A empresa de telecomunicações angolana diz agora que tudo não passa de um "ataque concertado e contínuo" por parte da Oi.
"As acusações infundadas feitas pela PTV contra a Unitel são invenções sem qualquer fundamento ou prova e demonstram um completo desrespeito pela reputação exemplar da Unitel como uma das empresas mais inspiradoras e bem-sucedidas em Angola e no continente africano", disse a empresa em comunicado.
Uma das acusações feitas pela PTV prende-se com a alegada recusa de pagamento de dividendos pendentes, algo que a Unitel desmente. A empresa angolana explica que já tentou pagar estes mesmos dividendos, mas que a PT Ventures se recusa a aceitar por não serem pagos fora de Angola e através de moeda estrangeira.
A Unitel explica ainda que estes ataques acontecem desde que a PTV foi adquirida em 2014 pela Oi S.A. (“Oi” – OIBR4), uma empresa brasileira de telecomunicações que já afirmou pensar em vender a sua participação na Unitel. Segundo a angolana, a ação judicial não passa de uma forma da brasileira tentar controlar a Unitel "para forçar os acionistas angolanos a adquirirem as ações pertencentes à Oi a um preço inflacionado", explica a empresa em comunicado.
A Unitel diz ainda que o Conselho de Administração irá continuar a trabalhar para criar melhores produtos e serviços, criar valor aos acionistas, para a economia nacional e para os cidadãos angolanos e refuta todas as alegadas ambições da PTV. A angolana deixa ainda claro que se irá defender contra todas as alegações infundadas e difamatórias.